sexta-feira, 25 de abril de 2008

Primeiras definições

As Ciências Sociais tratam da vida social, da realidade social, da relação do homem com os grupos sociais, com o ambiente físico e biológico, com os documentos e vestígios do passado, com a natureza para dela extrair direta ou indiretamente seus meios de subsistência, enfim, são a que investigam a ação do homem enquanto membro da sociedade.
Antropologia
É a ciência que propõe a estudar a evolução humana, física e sócio-cultural. Sua palavra-chave é cultura, termo que significa tudo o que o homem cria e usa, desde objetos materiais, até valores, crenças, símbolos, padrões de comportamento, costumes, mores e ethos.

Política ou Ciência política
Ciência política é a ciência do poder, da estrutura do poder. Em qualquer grupo social, desde a tribo até a maior nação de hoje. O poder está presente. Estamos envolvidos nele em escalas crescentes, que vão desde a família até o Estado. Vivemos em circunstâncias burocráticas, hierarquizadas desde os pais, os professores, os patrões, os prefeitos, governadores, até o presidente, no meio dos quais há uma teia imensa de poderes vinculados, dependentes uns dos outros e interdependentes entre si.

Sociologia
O termo surgiu com Auguste Comte, em 1830, no terreno preparado pela Revolução Francesa, com suas idéias revolucionárias e com a burguesia ganhando terreno no cenário político e econômico. Podemos definir Sociologia como a ciência ou o estudo da relação ou da interação social, como a ciência da sociedade, dos grupos sociais. Comporta vários métodos e trata como cada uma das demais ciências sociais, da desigualdade social, mas vista sob sua perspectiva ou sob o ângulo dos grupos sociais.
Entre os pioneiros ou fundadores da Sociologia estão Durkheim (1858-1917), na França, Spencer (1820-1895) na Inglaterra, Toennies (1855-1936) na Alemanha, e Ward (1841-1913) nos Estados Unidos, todos estes fundadores admitiam a divisão da Sociologia em duas partes, A primeira: geral, abstrata ou teórica, sistemática e a histórica, válida como instrumental de trabalho na conceituação e sistematização das definições empregadas para retratar a realidade social e a segunda: dinâmica, histórica, diferencial ou aplicada em pesquisas de realidades concretas.
Surgida na crise da burguesia para se ajustar e tentar explicar a nova realidade social advinda da Revolução Francesa, a Sociologia só lentamente adquiriu autonomia e passou por várias fases.
A primeira fase, tida como a síntese de vários conhecimentos, ou enciclopédica, no sentido de considerar a totalidade da vida social e ter de captar em todas as outras disciplinas o que de relevante há para formar o corpo teórico da sociologia. A segunda fase, evolucionista, caracteriza-se por estudos sobre a dinâmica ou mudança social. A terceira fase de ambição pela objetividade, e de pesquisas empíricas, como fundamento da ciência positiva, tem início na obra “O suicídio”, de 1897, também de Durkheim. O organicismo e o positivismo dominaram a nova ciência até o início do século XX.
O fato marcante da Sociologia na primeira metade do século XX é a incorporação do marxismo como método das ciências sociais e, sobretudo, da Sociologia. A Sociologia recebeu então, o terceiro apoio do tripé teórico: Durkheim, Weber e Marx.
Durkheim se destaca no funcionalismo, com sua sociologia dos valores, das crenças, da consciência coletiva e do equilíbrio. Esforça-se por tornar a sociologia uma ciência objetiva, livre de preconceitos e suficientemente forte para garantir a explicação dos fenômenos sociais.
Weber é clássico da sociologia compreensiva e do conhecido recurso teórico – metodológico: o Tipo ideal, modelo abstrato e ideal, tirado da realidade, que servirá de parâmetro, ou modelo ideal para se estudarem fenômenos na realidade concreta. A ocorrência ou não de fenômenos é verificada através da comparação do tipo ideal.Marx é o cientista social de grande peso e influência. É o clássico do método dialético e de vários conceitos nas ciências sociais, como modo de produção, alienação, luta de classes, práxis, infra-estrutura e superestrutura. Vinculando, sempre, o econômico ao político e envolvendo ambos pelo histórico.