domingo, 2 de novembro de 2008

A existência das coisas nada mais é, do que a percepção que temos dessa existência.


George Berkeley desenvolveu uma reflexão que, ao mesmo tempo, afirma e nega o empirismo. Afirma o empirismo quando reconhece que todo conhecimento provém dos sentidos, que percebemos os seres existentes. Mas nega o empirismo, quando diz que os seres existentes se reduzem à percepção que nós temos deles.
Nascido em Kilkenny, na Irlanda do Sul, George Berkeley, (1685-1753), fez seus estudos superiores no Trinity College de Dublin, onde mais tarde se tornaria professor, lecionando grego e teologia. Em 1710, aos 25 anos, publicou o “Tratado sobre os princípios do conhecimento humano”. Em 1734, tornou-se bispo da Igreja Anglicana.
Berkeley defende que todo o nosso conhecimento do mundo exterior resume-se a aquilo que captamos pelos sentidos. Assim a, existência das coisas nada mais é, do que a percepção que temos dessa existência.
Isso significa que toda a realidade material restringe-se à idéia que fazemos das coisas Berkeley nega, desse modo a existência da ateria, com o substancia independente da mente, “o que os olhos vêem e as mãos tocam existe; existe realmente, não o nego”. Só nego o que os filósofos chamam matéria ou substância corpórea, ou seja, apesar de seu empirismo, Berkeley, como homem religioso que era, defendeu a imaterialidade do mundo.Berkeley defendeu a existência de uma mente cósmica representada por Deus, para ele, Deus percebe de modo absoluto, a existência de todos os seres. E essa percepção de Deus é que garante e sustenta a existência das coisas, mas sempre como “seres percebidos”, pela mente divina. Pra Berkeley, o mundo nada mais é do que uma relação entre Deus e os espíritos humanos.

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