domingo, 2 de novembro de 2008

Arthur Schopenhauer



O filosofo alemão Arthur Schopenhauer.[1788-1860] foi o que atacou com maior veemência o pensamento de Hegel. Na sua opinião, Hegel seria um verdadeiro charlatão, que construiu sua filosofia os interesses do Estado prussiano.
Critico de Hegel, o filosofo Schopenhauer, desenvolveu uma visão pessimista da vida, encarada como uma historia de sofrimento. Por isso, aconselhava ‘´é mais feliz aquele que consegue viver sem grandes sofrimentos do que o outro que vive cercado de alegrias e prazeres[...] O tolo vive perseguindo a alegria da vida e acaba ludibriado, enquanto o sábio procura evitar o mal. ‘
Na obra “O mundo como vontade e representação”, Schopenhauer sustenta que, como o conhecimento é uma relação na qual o objeto é percebido pelo sujeito, o homem não conhece as coisas como elas são, mas como elas podem ser percebidas e interpretadas. Nesse aspecto, faz um retorno a Kant e se opõe à possibilidade do absoluto que Hegel preconizava. Para Schopenhauer, tudo o que o mundo inclui ou pode incluir é inevitavelmente dependente do sujeito, não existindo senão para o sujeito. O mundo é representação.
Com isso, ele quer dizer que não existe uma realidade exterior absoluta e que, para existir o conhecimento do mundo, e preciso existir o sujeito.
Dessa forma, Schopenhauer se afasta da reflexão de Kant e inicia sua própria filosofia. A representação do mundo é entendida por ele como “ilusão!, pois o objeto conhecido é condicionado pelo sujeito. Admite ser possível alcançar a essência das coisas, através de insight intuitivo, de uma espécie de iluminação. Nesse processo, a arte teria grande relevância, pois a atividade estética permitiria ao homem a compreensão da verdade. Pela arte, o sujeito se desprenderia de sua individualidade pra fundir-se no objeto,numa entrega pura e plena. Nesse ponto Schopenhauer seria um romântico”.
Sua filosofia, por outro angulo, se caracteriza pr uma visão pessimista do homem e da vida. Para ele, o ser humano seria essencialmente vontade, que o levaria a desejar sempre mais, produzindo uma insatisfação constante. Essa vontade, que se nas ações humanas. Se a essência do homem e do mundo é essa vontade insaciável, Schopenhauer identifica ai a origem das lutas entre os homens da dor e do sofrimento.
A historia é, para ele, a historia de lutas, onde “a infelicidade é a norma”, a regra geral. Portanto, a recusa da concepção racionalista de historia, elaborada por Hegel, segundo a qual a historia possui um sentido e progride em direção a uma maior liberdade. Para Schopenhauer, apenas pela arte e a ascese, ou seja, o abandono de si, pode o homem se libertar d dor. Inspirará as chamadas filosofias da existência.

3 comentários:

Marcelo Matos disse...

Schopenhauer se aproxima do buda sidarta gautama, quando afirma que o mal do homem é o desejo. Buda cria toda sua filosofia baseado nisso. Isso é uma das coisas que mais gosto em filosofia,descobrir os pontos em comum.

Eduardo Rivelli disse...

Edvard, essa postagem me ajudou no seu trabalho que você passou para a minha turma. Quando eu estudava no Luiza Abranches, no 1º ano do Ensino Médio. Você é um ótimo professor.

Unknown disse...

Na verdade os ditos fenômenos, as representações, não são meramente ilusões, o que ocorre é que nossa percepção da matéria é condicionada pelos nossos sentidos e pelas nossas faculdades puras de espaço e tempo. Ou seja, não há ilusão, há apenas uma percepção limitada do mundo, denominada fenômeno. Este por conseguinte, ocorre sempre em decorrência da Vontade, o nome que Schopenhauer dá à coisa-em-si de Kant. Portanto, não pode haver ilusão, pois isso seria negar o papel da Vontade, a qual está presente em todos os fenômenos.
O problema fundamental, então, é a impossibilidade de conhecer a Vontade pelas nossas faculdades sensíveis e puras(espaço e tempo). O argumento nesse ponto é referente ao próprio sujeito, o qual, utilizando-se de suas capacidades, somente pode conhecer um querer específico em determinado momento, mas jamais conhecer seu querer em geral, ou seja, acessar sua vontade. Daí o pessimismo, pois o sujeito é alguém que consegue conhecer tudo a sua volta, mas não consegue conhecer a si mesmo e, sendo sua vontade incessante, nunca está e nem estará satisfeito.