“Nem água nem algum dos elementos, mas alguma substância diferente, ilimitada, e dela nascem os céus e os mundos neles contidos”. (Anaximandro).
Atribui-se seu nascimento entre os anos de 609/610 a.C. e sua morte em 546 a.C. Discípulo de Tales, foi geógrafo, matemático, astrônomo e político. Os relatos doxográficos dão conta de que escreveu um livro intitulado Sobre a Natureza, que se perdeu. É atribuída a Anaximandro a confecção de um mapa-mundi, a introdução na Grécia do gnômon (relógio solar), e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
Anaximandro acreditava que o princípio de tudo é uma coisa chamada a-peiron, que é algo infinito, tanto no sentido quantitativo (externa e espacialmente), quanto no sentido qualitativo (internamente). Esse a-peiron é algo insurgido (não surgiu nunca, embora exista) e imortal.Além de definir o princípio, Anaximandro se preocupa com os "comos e porquês" das coisas todas que saem do princípio. Ele diz que o mundo é constituído de contrários, que se auto-excluem o tempo todo. O tempo é o "juiz" que permite que ora exista um, ora outro. Por isso, o mundo surge de duas grandes injustiças: primeiro, da cisão dos opostos que "fere" a unidade do princípio; segundo, da luta entre os princípios onde sempre um deles quer tomar o lugar do outro para poder existir.
Procurou aprofundar as concepções de Tales sobre a origem única de todas as coisas. Em meio a tantos elementos observáveis no mundo natural – a água o fogo, o ar etc. – ele acredita não ser possível eleger uma única substancia material como o principio primordial de todos os seres, a arché.
Para Anaximandro, esse principio é algo que transcende os limites do observável, ou seja, não se situa numa realidade ao alcance dos sentidos. Por isso, denominou-o a-peiron, (termo grego que significa, “o indeterminado”, “o infinito”). O a-peiron seria a “massa geradora” dos seres contendo em si todos os elementos contrários."Anaximandro,[...], representa a passagem da simples designação de uma substância como princípio da natureza para uma idéia desta, mais aguda e profunda, que já aponta para os traços que irão caracterizá-la em toda a filosofia pré-socrática." (Julian Marías, 'História da Filosofia', Martins Fontes, 1ª edição, 2004, pg.17).
Atribui-se seu nascimento entre os anos de 609/610 a.C. e sua morte em 546 a.C. Discípulo de Tales, foi geógrafo, matemático, astrônomo e político. Os relatos doxográficos dão conta de que escreveu um livro intitulado Sobre a Natureza, que se perdeu. É atribuída a Anaximandro a confecção de um mapa-mundi, a introdução na Grécia do gnômon (relógio solar), e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
Anaximandro acreditava que o princípio de tudo é uma coisa chamada a-peiron, que é algo infinito, tanto no sentido quantitativo (externa e espacialmente), quanto no sentido qualitativo (internamente). Esse a-peiron é algo insurgido (não surgiu nunca, embora exista) e imortal.Além de definir o princípio, Anaximandro se preocupa com os "comos e porquês" das coisas todas que saem do princípio. Ele diz que o mundo é constituído de contrários, que se auto-excluem o tempo todo. O tempo é o "juiz" que permite que ora exista um, ora outro. Por isso, o mundo surge de duas grandes injustiças: primeiro, da cisão dos opostos que "fere" a unidade do princípio; segundo, da luta entre os princípios onde sempre um deles quer tomar o lugar do outro para poder existir.
Procurou aprofundar as concepções de Tales sobre a origem única de todas as coisas. Em meio a tantos elementos observáveis no mundo natural – a água o fogo, o ar etc. – ele acredita não ser possível eleger uma única substancia material como o principio primordial de todos os seres, a arché.
Para Anaximandro, esse principio é algo que transcende os limites do observável, ou seja, não se situa numa realidade ao alcance dos sentidos. Por isso, denominou-o a-peiron, (termo grego que significa, “o indeterminado”, “o infinito”). O a-peiron seria a “massa geradora” dos seres contendo em si todos os elementos contrários."Anaximandro,[...], representa a passagem da simples designação de uma substância como princípio da natureza para uma idéia desta, mais aguda e profunda, que já aponta para os traços que irão caracterizá-la em toda a filosofia pré-socrática." (Julian Marías, 'História da Filosofia', Martins Fontes, 1ª edição, 2004, pg.17).
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