sexta-feira, 13 de junho de 2008

Aristóteles de Estagira


Do nascimento da lógica à ordenação do universo.

O ser se exprime de muitos modos, mas
Nenhum modo exprime o ser.
O ser se diz em vários sentidos. Aristóteles.

Nascido em Estagira, na Macedônia, Aristóteles (384-322 aC.), foi um dos mais importantes filósofos gregos de Antiguidade. Desempenhou extraordinário papel na organização do saber grego, acrescentando-lhe sua genial contribuição, que influenciou decisivamente, a história do pensamento ocidental.
Filho de Nicômaco, médico do rei da Macedônia, herdou do pai o interesse pelas ciências naturais. Aos dezoito anos foi para Atenas e ingressou na Academia de Platão, onde permaneceu cerca de vinte anos.
Com a morte de Platão, a destacada competência de Aristóteles o qualificava para assumir a direção da Academia. Seu nome foi preterido por ser considerado estrangeiro pelos atenienses.
Decepcionado com o episódio, deixou a Academia Assos, na Mísia, Ásia Menor, onde permaneceu até 345aC. Foi convidado por Felipe II, rei da Macedônia para ser professor de seu filho Alexandre. O relacionamento de Aristóteles e Alexandre foi interrompido quando este assumiu a direção do Império Macedônico, 340 aC.
Por volta de 335 aC. Aristóteles regressou a Aténs, fundando sua própria escola filosófica.que passou a ser conhecida como Liceu, em homenagem ao deus Apolo Lício.
Em 323 aC. Após a morte de Alexandre, os sentimentos antimacedônicos ganharam grande intensidade em Atenas. Devido a sua notória ligação co a corte macedônica, Aristóteles passou a ser perseguido, foi então que decidiu abandonar Atenas, dizendo querer evitar que os atenienses “pecassem duas vezes contra a filosofia” ( a primeira vez teria sido com Sócrates.
Apaixonado pela biologia, dedicou inúmeros estudos à observação da natureza e à classificação dos seres vivos. Tendo em vista a elaboração de uma visão cientifica da realidade, desenvolveu a lógica para servir de ferramenta do raciocínio.

Da sensação ao conceito: O discípulo discorda do mestre

Segundo Aristóteles, a finalidade básica das ciências seria desvendar a constituição essencial dos seres, procurando defini-la em termos reais. Reconhecia a multiplicidade dos seres percebidos pelos sentidos. Assim, tudo o que vemos, pagamos, ouvimos e sentimos é aceito como elemento da realidade sensível.
Rejeitava a teoria das idéias de Platão. Para Aristóteles, a observação da realidade leva-nos à constatação da existência de inúmeros seres individuais, concretos, mutáveis, que são captados por nossos sentidos.
Partindo dessa realidade sensorial – empírica- a ciência deve buscar as estruturas essenciais de cada ser. Em outras palavras, a partir da existência do ser, devemos atingir a
sua essên cia, através de um processo de conhecimento que caminha do individual e específico para o universal e genérico.
O objeto próprio das ciências é a compreensão próprio das ciências é a compreensão do universal, visando o estabelecimento de definições essenciais, que possam ser utilizadas de modo generalizado.
A Indução (operação mental que vai do particular para o geral), representa, para Aristóteles, o processo intelectual básico de aquisição de conhecimento.
Assim, por exemplo, o conceito escola – ou qualquer conclusão cientifica sobre esse conceito – foi elaborado tendo como base a observação sistemática das diferentes instituições às quais se atribui o nome de escola. Dessa maneira, o conceito escola tem sentido universal porque, reúne em si a estrutura essencial aplicável ao conjunto das múltiplas escolas concretas existentes no mundo.

A nova interpretação para as mudanças do ser

Aristóteles, propôs uma nova interpretação ontológica, (relativa ao estudo do ser), segundo a qual em todo ser devemos distinguir:
O ato – A manifestação atual do ser aquilo que já existe;
A potência – As possibilidades do ser (capacidade do ser), aquilo que ainda não é mas pode vir a ser.
Conforme Aristóteles, o movimento e a transitoriedade ou mudança das coisas se resumem na passagem das potencia para o ato.
Exemplo: a árvore que está sem flores pode tornar-se, com o tempo, uma árvore florida.
Por outro lado, utilizando ainda o exemplo da arvore, pode acontecer que em virtude de
certas condições climáticas, uma árvore frutífera não venha a dar frutos. Esses casos, Aristóteles classifica como um, acidente. Algo que não ocorre sempre, somente às vezes, por uma casualidade qualquer , a falta de chuva ou o excesso de calor.
Assim, segundo Aristóteles , devemos distinguir também em todos os seres existentes:
A substancia – aquilo que é estrutural e essencial do ser.
O acidente – aquilo que é atributo circunstancial e não essencial do ser.
A substancia corresponde àquilo que mais intimamente o ser é em si mesmo. Os acidentes pertencem ao ser, mas não são necessários para definir a natureza de cada ser.

O que determina a realidade de um ser: a causa

A investigação do ato e da potencia do ser depende, no entanto, de alguns esclarecimentos sobre a causalidade. Isto porque essa passagem da potencia para o ato não se dá ao acaso ela é causada.
Aristóteles emprega o termo causa em sentido bastante amplo, isto é, no sentido de –tudo aquilo que determina a realidade de um ser.distingue, assim quatro tipos de causas fundamentais
Causa material – refere-se à matéria de que é feita uma coisa. Ex; o mármore utilizado na confecção de uma estatua;
Causa formal – refere-se à forma à natureza especifica, à configuração de uma coisa, tornando-a “um ser propriamente dito”, ex:uma estátua de forma de homem e não de cavalo.
Causa eficiente – refere-se ao agente que produziu diretamente a coisa.ex:o escultor que fez a estátua.
Causa final – refere-se ao objetivo,à intenção, à finalidade ou à razão de ser de uma coisa. Ex: o escultor tinha como finalidade exaltar a figura do soldado ateniense.
A causa formal está diretamente subordinada à causa final, pois a finalidade de uma coisa determina o que os seres efetivamente são. A potencia, em si mesma. Não é capaz de formalizar o ser em ato. Para que se dê essa passagem, é preciso a intervenção de um agente transformador,(causa eficiente), guiado por uma finalidade (causa final).
É pela causa final, em última instancia, que as coisas mudam, determinando a passagem da potência para o ato.

A felicidade do homem

Para ser feliz, o homem deve viver de acordo com a sua essência, isto é, de acordo com a sua razão, a sua consciência reflexiva. E, orientando os seus atos para uma conduta ética, a razão o conduzirá à prática da virtude. Para Aristóteles, a virtude representa a justa medida de equilíbrio entre o excesso e a falta de um atributo qualquer. Ex; a virtude da prudência é o meio termo entre a precipitação e a negligencia; a virtude da coragem é o meio termo entre a covardia e a valentia insana; a perseverança é o meio termo entre a fraqueza de vontade e a vontade obsessiva.

3 comentários:

Antonio Reis Jr disse...

Deverias criar vergonha na cara! O quão ridículo vc é! Por favor, cite a fonte de sua CÓPIA sobre o texto. Caso não o faça: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2001. pp.100-104.

Você plagiou ipsis literis o autor. Vc é o câncer e outros similares são o câncer desse país.

Unknown disse...

Errem

Unknown disse...

Errem